Estávamos parados no sinal da Av. Senhora do Carmo com Contorno. Os vidros fechados e na janela do passageiro da frente apareceu um senhorzinho. Ele era bem velhinho e pedia ajuda. Enquanto meu pai procurava moedas a Giovana começou a bater no vidro. - Abre, abre, abre... Confesso que só abri porque aquele senhorzinho me pareceu inofensivo. Ela fez tanto barulho que ele, de fora do carro notou. Olhou para mim meio sem graça. Eu abri. Giovana chamou o moço, estendeu a mão para ele e perguntou seu nome, se ele tinha filhos, como eles se chamavam. O homem se esqueceu das moedas, e começou a conversar com a Nana, sempre segurando em sua mão. Ele ficou tão feliz, que só sabia agradecer, contou que tinha netos, elogiou a beleza da Nana e o sinal abriu. Ele se foi e esqueceu as moedas para trás.
Às vezes penso que ser normal é alguma espécie de doença. Quantas pessoas normais abririam a janela e perguntariam da vida de um homem velho, negro, mal vestido e mendigo?
pois é, bebeta/nana - o medo só não assusta pessoas especiais!!!
ResponderExcluirbesos
É nessas horas q a gnt se dá conta q o mundo seria mto melhor se menos pessoas (ou ninguém) fossem normais...
ResponderExcluirSó pessoas especiais como a nana conseguem enxergar a realidade de cada um...
bjos