Eu tinha uns 10 anos quando recebi meu primeiro bilhetinho de amor. Eu, minha mãe e minha irmã tínhamos ido no botequinho da Denise, lá no bairro Pompéia, comer uns churrasquinhos com os colegas do trabalho da minha mãe.
Já era de noitinha e estávamos esperando o ônibus em frente a um bar fechado. Era uma casa velha. Em cima tinha uma casa e embaixo uma garagem onde era o bar. De repente saiu um moço na varanda e olhou para nós. Eu, como sempre ria muito das conversas da minha mãe com os amigos dela. Nessa época eu ainda não usava cadeira-de-rodas e estava no colo dela. O moço ficou olhando a gente por muito tempo. Ele começou a perguntar bem alto: -"Ei, qual o seu nome?" - Perguntou isto um monte de vezes.
Todo mundo pensou que ele tava paquerando a Maíra, uma amiga muito bonita da minha mãe. De repente ele saiu, abriu o bar e ficou revirando umas coisas, revirava e resmungava umas coisas que ninguém entendia. Todo mundo ria dele. Diziam que ele estava meio bebum. Aí ele parou de revirar as coisas e veio em nossa direção. A Maíra até ficou com medo e se escondeu atrás do Hugo. Mas ele chegou perto de minha mãe e estendeu a mão para mim. Eu o cumprimentei e ele perguntou meu nome. Respondi claro. Ele disse que eu era linda e me deu esse bilhetinho aí.
Todos ficaram bobos de ver. Eu não. Minha mãe guardou o bilhetinho no meio das nossas fotos. Ela disse que é minha primeira carta de amor e que cartas de amor devem ser guardadas.
obaaaaaaaaa - enfim a mãe se inspira na filha e volta a escrever! isso vai dar samba! pisa fundo, bebeta - e tu, naníssima, com essa cara linda, vais fazer o maior sucesso!!!
ResponderExcluirbesos
nana,
ResponderExcluirvc desperta coraçãoes até demais, né!!