segunda-feira, 1 de novembro de 2010

cidadania



Toda eleição eu levo uma das meninas comigo. Antes era a Rafaela, que foi até perceber que era "um mico, mãe", depois a Nana. No primeiro turno ela falou tanto da Marina na minha cabeça que acabei deixando de votar na Dilma para votar nela. Minha amiga Líria diz que a culpa do segundo turno é minha e da Nana. 

No segundo ela queria que eu votasse no Serra, desta vez fui irredutível. Foi uma campanha desleal, pior que  a fomos obrigados a ouvir no horário de propaganda gratuita. No último mês Nana foi uma ardorosa defensora do Serra, todos os dias, em vários momentos do dia, das mais diversas formas ela tentou me convencer a votar no Serra. 

Um dia antes da eleição ela passou muito tempo falando bem do Serra e mal da Dilma. Quem conhece a Nana sabe que quando ela quer uma coisa é quase impossível não ceder ao impulso de fazer o que ela quer só para ficar livre da ladainha. Ela é capaz de falar por horas a mesma coisa. Ao final do dia ela tentou de novo. Finalmente falei:

- Você prefere o Serra, se você fosse votar você votaria nele, mas amanhã quem vai votar sou eu, eu prefiro a Dilma e quero votar nela.

Ela não disse mais nada. Acordou no domingo animada para a votação. Quando fomos para a cabine ela olhou para a urna e disse:
- A Dilma é 13, o um e o três, viu?

Olhei desconfiada para ela, que manteve-se inalterável, digitei o número e tentei de novo:
- É esta a pessoa? - Perguntei apontando para a foto.
- Sim, agora aperta o confirma.

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